24.2.07


Saltão // salar de uyuni, bolívia, jan2007
salar, o sal, salarium, do sal, salário: sal árido, robin hood quechua, que saquea a riqueza da terra aristocrata e que serve a mesa proletária. o sal dialético desse deserto, kwasi branca, que salga o suor da vida na urbe, kawsay, mas conserva a existência no limiar da sub: kay não kay. salário: sal e lar, lar e rio, e não o mar, que decerto secou e virou deserto. águas doces desse rio macho que ainda corre, contraponto ao sal das lágrimas fêmeas desse homem. nasceu no latim, conterrânea do salário, a tal lacrima: la crima. se não fosse mulher, seria el crimen?

Vinícius Bazenga

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